Adotar a IA no ambiente corporativo exige visão de futuro, senso crítico e protagonismo. Saiba como transformar a tecnologia em diferencial competitivo, sem abrir mão da criatividade humana
A Inteligência Artificial (IA), já está no centro das decisões mais estratégicas das empresas. Mas será que estamos realmente prontos para incluí-la como parte da equipe? Foi sobre isso que a pesquisadora especialista em cocriação humano-IA, Gio Mangoni, falou na última edição do Fucape Convida.
Em uma palestra dinâmica e inspiradora, Gio trouxe à tona um novo olhar sobre o papel da IA nos negócios: não como uma substituta do trabalho humano, mas como uma parceira criativa capaz de ampliar resultados, acelerar processos e transformar culturas organizacionais.
“Automação não é sempre a solução. Na verdade, ela vem por último. É preciso mapear dados, desenhar fluxos, avaliar custos, entre outras etapas feitas por humanos, para que a automação aconteça. Automatize o que for estratégico, sustentável e necessário, e apenas quando houver maturidade para isso”, reforçou a especialista.
A palestra reforçou que a transformação digital não é mais uma previsão, ela já está acontecendo. E cabe a cada profissional entender seu papel nesse novo cenário. Com os conhecimentos certos, a IA pode deixar de ser uma ameaça e se tornar um diferencial competitivo poderoso.
Pensando nisso, a especialista apresentou modelos de integração realistas, com foco em como profissionais de diversas áreas podem se apropriar dessa tecnologia para potencializar sua atuação e gerar inovação dentro das organizações.
A Inteligência Artificial (IA) ao alcance de todos
Se antes a IA era vista como um território restrito aos profissionais de tecnologia, hoje ela se apresenta como uma ferramenta acessível e indispensável para qualquer pessoa envolvida em tomada de decisão, criação de conteúdo ou desenho de processos.
Durante a palestra, foram apresentados três níveis de integração entre humanos e IA, que funcionam como etapas de amadurecimento na jornada digital das empresas:
- Nível 1 – Refino com IA:
A IA entra para melhorar o que já existe. Nesse estágio, ela atua como um recurso de aprimoramento, otimizando processos, sugestões ou conteúdos prontos. - Nível 2 – Cocriação com IA:
Aqui, a IA não é apenas ferramenta, mas parceira criativa. Humanos e IA trabalham juntos em tempo real para produzir soluções inéditas, que nenhum dos dois seria capaz de gerar sozinho. - Nível 3 – Automação:
Neste nível, a IA assume processos completos com autonomia operacional. Mas, como reforçou Gio, a automação não deve ser o primeiro passo, ela vem por último, depois de etapas fundamentais como mapeamento de dados, definição de fluxos e análise de viabilidade.
A IA como parte da equipe
Muito além de dominar ferramentas, adotar a IA no dia a dia corporativo exige uma mudança de mentalidade. A proposta de Gio foi clara: enxergue a IA como um novo integrante da sua equipe e como toda nova contratação, ela precisa de responsabilidades bem definidas, processos claros e protocolos consistentes.
Duas perguntas foram lançadas ao público para provocar uma reflexão estratégica:
- Qual é sua especialidade em IA?
Assim como alguém pode ser conhecido por dominar Excel ou PowerPoint, você pode se tornar referência no uso de uma ferramenta ou processo com IA. - Que problema você resolve melhor do que ninguém?
Ao identificar sua contribuição única, é possível buscar formas de usar a IA como aliada, apoiando sua entrega sem substituir sua criatividade ou visão de negócio.
O que você precisa para trabalhar com IA?
Ao longo do evento, Gio Mangoni reforçou que não é preciso ter formação técnica para se destacar no uso da IA. Mas é essencial desenvolver quatro pilares:
- Vocabulário técnico básico: Entender conceitos-chave para dialogar com as ferramentas de forma eficiente.
- Conhecimento de ferramentas: Explorar e comparar diferentes soluções de IA.
- Criação de workflows personalizados: Mapear e adaptar processos reais da empresa ao uso da IA.
- Feeling (senso crítico): Saber quando a IA está errando, reconhecer respostas enviesadas e compreender o contexto social ou cultural ausente nas respostas automáticas.
Mais do que saber usar IA, é preciso saber quando, por que e para quê usá-la.
Fucape Convida
O Fucape Convida é um evento exclusivo que reúne profissionais de destaque para debater temas relevantes ligados ao desenvolvimento pessoal, profissional e empresarial. Com foco em inovação e troca de experiências, o encontro é reconhecido por fomentar conexões estratégicas e impulsionar negócios. A edição mais recente foi realizada na última terça-feira (17), na Fucape Business School.
✅Confira alguns registros do evento
Clique aqui e veja a galeria completa!





